Educação Inclusiva no Brasil: princípios, desafios

Educação Inclusiva no Brasil: princípios, desafios

Apesar de o seu nome sugerir a ideia de inclusão, o conceito geral de educação inclusiva vai muito além disso, flertando com uma série de conceitos filosóficos e sociológicos que, de forma geral, objetivam promover a ideia de que todos os seres humanos são iguais e que, por esse motivo, têm os mesmos direitos.

Para falar sobre a educação inclusiva de uma forma muito mais aprofundada, resolvemos reunir aqui os conceitos, os contextos e os paradigmas que marcam a temática e a sua abordagem aqui no Brasil. Com isso, você terá um apanhado geral de tudo que está relacionado a esse assunto tão importante.

O que é educação inclusiva?

Como havíamos destacado, a educação inclusiva é dotada de uma série de ideias e conceitos muito abrangentes. De modo geral, trata-se de uma concepção de ensino que tem a ideia de garantir o acesso à educação para todas as pessoas.

No entanto, seus conceitos abarcam uma série de ideias que consideram aspectos como a igualdade de oportunidades para todos os seres humanos. Colocando em pé de igualdade todas as etnias, credos, culturas, etc.

educação inclusiva
(Foto: FCE)

E ampliando a abrangência do ensino para as pessoas que, por limitações físicas, intelectuais, culturais e afins, não podem gozar de uma educação básica.

Princípios

Obviamente, como a educação inclusiva é um conceito bastante abrangente, sua definição e seus objetivos são sintetizados em alguns princípios muito importantes.

Esses princípios compõem a base de tudo que uma educação inclusiva deve ser. Dessa maneira, os educadores não perdem de vista as diretrizes necessárias para que eles possam desempenhar seus papéis da melhor forma possível.

Confira esses princípios abaixo:

  • Toda pessoa tem o direito de acesso à educação;
  • Toda pessoa aprende;
  • O processo de aprendizado de cada pessoa é singular;
  • O convívio no ambiente escolar comum beneficia a todos;
  • A educação inclusiva diz respeito a todos.

Desafios da educação inclusiva no Brasil

Promover e implantar uma educação realmente inclusiva é um processo que demanda o engajamento de toda a sociedade. Afinal, ela diz respeito a todos, exatamente como diz o quinto princípio.

Contudo, as políticas públicas são essenciais para que a eficiência dos processos seja maior. Nesse sentido, o Ministério da Educação já tem um plano em andamento desde o ano de 2011, o Plano Nacional de Educação, que considera todos os alunos especiais sob a ótica da educação inclusiva e, por isso, estabelece diretrizes para alcançar melhores resultados nesse sentido.

Mesmo assim, há muito há ser feito, já que os profissionais devem ser mais bem preparados, ter bons projetos pedagógicos inclusivos para nortear suas ações, ter a oportunidade de flexibilizar e adaptar as grades curriculares, com o intuito único de favorecer a aprendizagem e muito mais.

Diferença entre Educação Especial e Educação Inclusiva
(Foto: IAMP)

Além disso, é necessário entender que os alunos especiais não são uma obrigação exclusiva dos professores. Isto é, torna-se imperativo criar redes de apoio dentro da própria escola, a fim de garantir o melhor atendimento a todos.

Diferença entre Educação Especial e Educação Inclusiva

Embora o Plano Nacional de Educação trate os alunos da educação especial sob a ótica da educação inclusiva, os dois conceitos são tecnicamente diferentes. Entenda essa diferença:

  • A educação especial diz respeito à utilização de ferramentas didáticas e atividades específicas para adaptar o ensino em função das limitações físicas ou cognitivas dos alunos. Ou seja, ela segrega os alunos, fazendo turmas especiais;
  • A educação inclusiva, por sua vez, é um sistema educacional que agrega parte da educação especial, mas inclui os alunos no ambiente da educação normal, não havendo segregação, apenas ajustes para garantir que os alunos especiais tenham todas as ferramentas para ter as mesmas oportunidades que os outros alunos.

Portanto, a educação inclusiva é uma evolução dos conceitos educacionais que considera que cada ser humano deve ter as mesmas oportunidades para aprender.

Desse modo, esperamos que as informações apresentadas tenham lhe ajudado a esclarecer esses conceitos tão importantes e tenham servido para despertar a sua consciência, já que se trata de um dever de todos.

Sebastião Ferreira

Sebastião Ferreira é redator do Blog GRzero há 2 anos, trabalha como redator freelancer e escreve para alguns jornais e revistas.